Production
https://prod.org.br/doi/10.1590/0103-6513.142013
Production
Article

Eficiência das Instituições de Microcrédito: uma aplicação de DEA/VRS no contexto brasileiro

Efficiency of Microcredit Institutions: an application of DEA/VRS to the Brazilian case

Araújo, Elaine Aparecida; Carmona, Charles Ulises de Montreuil

Downloads: 4
Views: 883

Resumo

O objetivo do presente artigo foi avaliar a eficiência de instituições de microcrédito brasileiras sob dois enfoques distintos: financeiro e social. Em termos metodológicos, foi utilizada a técnica de programação linear Data Envelopment Analysis – DEA com retornos variáveis de escala (DEA/VRS) aplicada sobre uma amostra de instituições listadas na base THE MIX em 2008, 2009 e 2010; e o Índice de Malmquist para análise das variações de produtividade e eficiência ao longo do tempo. Os resultados evidenciam maiores escores de eficiência social comparativamente à financeira para cada ano individualmente. A análise temporal revelou aumento da produtividade sob ambas as abordagens. Esse aumento refletiu variações efetivas da eficiência técnica, em maior grau, no modelo social, e deslocamentos da fronteira tecnológica no modelo financeiro. De modo geral, esses resultados sinalizam uma maior homogeneidade das instituições no que se refere a medidas e práticas relacionadas à eficiência social comparativamente à financeira.

Palavras-chave

Finanças. Microcrédito. Desenvolvimento econômico. Eficiência. Data Envelopment Analysis.

Abstract

The purpose of this article was to evaluate the efficiency of microfinance institutions in Brazil under two distinct approaches: financial and social. In terms of methodology, we used the technique of linear programming Data Envelopment Analysis - DEA applied to a sample of institutions listed in THE MIX database in the period 2008, 2009 and 2010, and Malmquist Index for analysis of changes in productivity and efficiency of the institutions over time. The results show higher levels of social efficiency compared to the financial for each year individually. The temporal analysis revealed an increase in productivity under both approaches. This increase reflected actual changes in technical efficiency in a greater extent in the social model and shifts of technological frontier in the financial model. Overall, these results indicate a greater homogeneity of the institutions with regard to strategies and practices related to social efficiency when compared with financial.

Keywords

Finance. Microcredit. Economic development. Efficiency. Data Envelopment Analysis.

References

Alves, S., & Soares, M. (2004). Democratização do crédito no Brasil: atuação do Banco Central. Brasília: Banco Central do Brasil.

Annim, S. K. (2010). Microfinance efficiency trade-offs and complementarities (Working Paper 127). Manchester: World Poverty Institute.

Banker, R., Charnes, A., & Cooper, W. W. (1984). Some models for estimating technical and scale inefficiencies in data envelopment analysis. Management Science, 30(9), 1078-1092. http://dx.doi.org/10.1287/mnsc.30.9.1078

Barone, F., Lima, P., Dantas, V., & Rezende, V. (2002). Introdução ao microcrédito. Brasília: Conselho da Comunidade Solidária.

Berger, A. N., & Humphrey, D. B. (1997). Efficiency of financial institutions: international survey and directions for future research. Europeran Journal of Operational Research, 98(2), 175-212. http://dx.doi.org/10.1016/S0377-2217(96)00342-6

Braga, M. B., & Toneto Junior, R. (2000). Microcrédito: aspectos teóricos e experiências. Análise Econômica, 18(33), 69‐86.

Carneiro, J. M. T., Silva, J. F., Rocha, A., & Hemais, C. (2005, Junho). Mensuração do desempenho organizacional: questões conceituais e metodológicas. In Anais do Encontro de Estudos em Estratégia, Rio de Janeiro, Brasil.

Caves, D. W., Christensen, L. R., & Diewert, W. E. (1982). The economic theory of index numbers and the measurement of input, output and productivity. Econometrica, 50(6), 1393-1414. http://dx.doi. org/10.2307/1913388

Charnes, A., Cooper, W. W., & Rhodes, E. (1978). Measuring the efficiency of decision making units. European Journal of Operational Research, 2(6), 429-444. http://dx.doi.org/10.1016/0377-2217(78)90138-8

Cook, W. D., & Zhu, J. (2008). Data envelopment analysis: modeling operational processes and measuring productivity. Dordrecth: Kluwer Academic Publishers. Ejigu, L. (2009). Performance analysis of a sample of microfinance institutions of Ethiopia. International NGO Journal, 4(5), 287-298.

Färe, R., Grosskopf, S., Norris, M., & Zhang, Z. (1994). Productivity growth, technical progress, and efficiency change in industrialized countries. American Economic Review, 84(1), 66-83.

Farrel, M. J. (1957). The measurement of productive efficiency. Journal of the Royal Statistical Society, 120(3), 253-290. http://dx.doi.org/10.2307/2343100

Ferreira, C. M., & Gomes, A. P. (2009). Introdução à análise envoltória de dados: teoria, modelos e aplicações. Viçosa: UFV.

Gomes, E. G., Grego, C. R., Mello, J. C. C. B. S., Valladares, G. S., Mangabeira, J. A. C., & Miranda, E. E. (2009). Dependência espacial da eficiência do uso da terra em assentamento rural na Amazônia. Produção, 19(2), 417-432. http://dx.doi.org/10.1590/S0103-65132009000200015

Gonzalez-Vega, C. (1986). Mercados financieros y desarrollo. Santo Domingo: Centro de Estudios Monetarios y Bancários.

Gutiérrez-Nieto, B., Serrano-Cinca, C., & Molinero, C. M. (2007) Microfinance institutions and efficiency. The International Journal of Management Science, 35(2), 131-142.

Gutiérrez-Nieto, B., Serrano-Cinca, C., & Molinero, C. M. (2009). Social efficiency in microfinance institutions. Journal of Operational Research Society, 60(1), 104-119. http://dx.doi.org/10.1057/palgrave.jors.2602527

Hollingsworth, G., & Smith, P. (2003). Use of ratios in data envelopment analysis. Applied Economics Letters, 10(11), 733-735. http://dx.doi.org/10.1080/1350485032000133381

Kaplan, R. S., & Norton, D. (1997). A estratégia em ação: balanced scorecard (6th ed.). Rio de Janeiro: Campus Lins, M. P. E., & Meza, L. A. (2000). Análise envoltória de dados e perspectivas de integração no ambiente do apoio à decisão. Rio de Janeiro: UFRJ.

Malmquist, S. (1953). Index numbers and indifference curves. Trabajos de Estatistica, 4(1), 209-242. http://dx.doi.org/10.1007/BF03006863

Mello, J. C. C. B. S., Meza, L. A., Gomes, E. G., & Biondi Neto, L. (2005, Setembro). Curso de análise envoltória de dados. In Anais do Simpósio Brasileiro de Pesquisa Operacional, Gramado, Brasil.

Microfinance Information Exchange. (2010). Brasil 2009 Informativo e análise das microfinanças. Rio de Janeiro: TheMix/FGV Small Business.

Naqvi, F. B., & Guzmán, G. F. (2003/2004) Microfinanças em foco. Revista de Administração de Empresas, 2(4), 25-29. Nichter, S., Goldmark, L., & Fiori, A. (2002). Entendendo as microfinanças no contexto brasileiro. Rio de Janeiro: BNDES.

Niederauer, C. A. P. (1988). Avaliação dos bolsistas em produtividade da engenharia de produção usando Análise Envoltória de Dados (Dissertação de mestrado). Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis. PMid:3164671.

Parente, S. (2002). Microfinanças: saiba o que é um banco do povo. Brasília: Agência de Educação para o Desenvolvimento.

Ribeiro, C. T., & Carvalho, C. E. (2006). Do microcrédito às microfinanças: desempenho financeiro, dependência de subsídios e fontes de financiamento: uma contribuição à análise. São Paulo: EDUC.

Robinson, M. (2001). The microfinance revolution: sustainable finance for the poor. Washington: The World Bank. http://dx.doi.org/10.1596/0-8213-4524-9

Soares, M., & Melo Sobrinho, A. (2008). Microfinanças: o papel do Banco Central do Brasil e a importância do cooperativismo de crédito (2. ed). Brasília: Banco Central do Brasil.

Yunus, M. (2002). O banqueiro dos pobres. São Paulo: Ática.
5883a45d7f8c9da00c8b48c7 production Articles
Links & Downloads

Production

Share this page
Page Sections